​Mielomeningocele e Fisioterapia Neurofuncional: Uma Abordagem Essencial para a Qualidade de Vida

A mielomeningocele, uma forma grave de espinha bífida, é uma malformação congênita da coluna vertebral que ocorre durante o desenvolvimento do feto, resultando em uma exposição da medula espinhal. Essa condição compromete a função neurológica de áreas relacionadas à movimentação dos membros inferiores, controle da bexiga e intestinos, além de outras possíveis complicações. Embora os avanços médicos permitam intervenções cirúrgicas precoces, as limitações motoras e neurológicas são permanentes, exigindo uma abordagem terapêutica integrada, na qual a fisioterapia neurofuncional desempenha um papel vital.
A fisioterapia neurofuncional tem como principal objetivo maximizar o potencial motor e funcional do indivíduo, buscando alternativas que compensem as limitações causadas pela mielomeningocele. O tratamento é baseado em técnicas que visam melhorar o controle motor, fortalecer a musculatura envolvida e estimular as vias neuromusculares, favorecendo a neuroplasticidade – a capacidade do sistema nervoso de se adaptar e criar novas conexões.
Os desafios motores e a importância da fisioterapia
Indivíduos com mielomeningocele costumam apresentar fraqueza muscular, paralisia e deformidades ortopédicas, como pés equinos e displasia de quadril, que prejudicam a locomoção e o equilíbrio. A fisioterapia neurofuncional entra em cena desde os primeiros meses de vida, com o objetivo de prevenir complicações, promover o alinhamento postural adequado e, sempre que possível, trabalhar a mobilidade independente. 
Os exercícios terapêuticos são variados, dependendo da gravidade e da região afetada pela malformação. Técnicas de fortalecimento muscular, alongamento e estimulação sensório-motora são utilizadas para promover a ativação dos músculos remanescentes, ao mesmo tempo em que se busca preservar a integridade articular e prevenir contraturas. Além disso, dispositivos ortopédicos, como órteses, e o uso de cadeiras de rodas, podem ser integrados ao tratamento para melhorar a funcionalidade no dia a dia.
Neuroplasticidade e estimulação precoce
A neuroplasticidade é um dos grandes aliados no tratamento da mielomeningocele. A fisioterapia neurofuncional visa estimular as áreas cerebrais e neuromusculares não afetadas pela lesão, promovendo a adaptação e a criação de novos circuitos para melhorar a função motora. Quanto mais cedo esse trabalho é iniciado, melhores são as chances de desenvolvimento motor e integração das habilidades funcionais. A estimulação precoce permite que a criança explore movimentos e desenvolva coordenação, mesmo com limitações.
*Autonomia e qualidade de vida*  
Além dos ganhos motores, a fisioterapia neurofuncional busca promover a independência e a inclusão social. Crianças e adultos com mielomeningocele enfrentam desafios diários que vão além das questões físicas. O apoio fisioterapêutico proporciona a eles as ferramentas necessárias para melhorar a mobilidade, o que, por sua vez, contribui para uma vida mais autônoma, favorecendo o acesso a atividades recreativas, educacionais e profissionais.
Por fim, o tratamento da mielomeningocele exige uma abordagem multidisciplinar, envolvendo não apenas o fisioterapeuta, mas também ortopedistas, neurologistas, terapeutas ocupacionais e fonoaudiólogos. O acompanhamento contínuo é essencial, ajustando as estratégias conforme a evolução clínica do paciente. A fisioterapia neurofuncional, nesse contexto, é uma peça-chave para garantir uma vida mais ativa e com maior qualidade, independentemente das limitações impostas pela condição.
Para mais informações, entre em contato com o Dr. Rafael Paiva, educador físico e fisioterapeuta, através do WhatsApp (11) 94167-7786 ou siga-o no Instagram @drrafaelpaiva.
A cura está no movimento!

Dr. Rafael Paiva
Educador físico (CREF 080686 G/SP)
Fisioterapeuta (CREFITO-3 375475-F)
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@fisiorafaelpaiva
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