28/08/2024 às 23h46min - Atualizada em 30/08/2024 às 00h16min

Meritocracia colabora na retenção de talentos nas empresas

Especialista da ABRH-MG defende processo justo e transparente em prol da valorização dos colaboradores

Ivana Andrade
Foto/divulgação
A escassez de mão de obra especializada é um desafio crescente para muitas organizações, que lutam para encontrar e reter talentos qualificados. Nesse contexto, a valorização dos profissionais se torna essencial para a sustentabilidade e crescimento das empresas. Em meio a esse cenário, a meritocracia desempenha um papel fundamental, segundo especialistas.
 
A meritocracia, tema complexo e muito discutido na atualidade, se baseia em retribuir, por justiça, as pessoas que se destacam no meio corporativo em qualquer segmento, segundo o diretor jurídico da Associação Brasileira de Recursos Humanos (ABRH-MG), Guilherme Bagno, que tem mais de 20 anos de experiência nas áreas trabalhista, previdenciária e Recursos Humanos.
 
Na visão do especialista, quando se fala em meritocracia é preciso “individualizar, dentre outras coisas, as necessidades de cada negócio, saber em qual mercado as empresas estão inseridas, seus objetivos estratégicos e políticas de desenvolvimento de pessoas. Segundo ele, os critérios podem variar bastante e os mais comuns são: atingimento de metas definidas; produtividade; habilidades específicas, qualidade das entregas; trabalho integrado; feedback de líderes, entre outros.
 
“Em uma percepção coloquial, vejamos um time de futebol em que apenas 11 jogadores podem entrar em campo. Todos treinam no mesmo local. E quem joga? São os que mais se destacam em cada uma de suas posições. Os que melhor treinam, que mais se dedicam e que, principalmente, entregam mais resultados. Ou seja, a meritocracia é um sistema que visa reconhecer o resultado gerado através de suas ações”, afirma Bagno.
 
Para o diretor da ABRH-MG, a meritocracia, se bem aplicada e gerenciada, pode propiciar benefícios. No caso das organizações contribui no foco do atingimento dos objetivos; retenção de talentos; efetivação de planos de sucessão; melhoria no ambiente de trabalho e incentivo à colaboração. Já para os colaboradores, as vantagens são: objetividade nas avaliações; justiça e igualdade de critérios observados pela empresa; desenvolvimento e crescimento profissional. 
 
O especialista reforça que a competição é vista como um meio de incentivar o desenvolvimento de habilidades e talentos, promovendo a excelência e o progresso pessoal e social, mas que a colaboração nunca pode ser perdida de vista, em prol dos objetivos das organizações.
 
“As pessoas que vão se mostrando mais aptas a fazer as coisas darem certo, são as pessoas que vão ganhando espaço dentro da empresa, que vão crescendo”, enfatiza.
 
No entanto, Bagno alerta que para se ter um plano meritocrático justo, que seja validado pelo time e aderente àquele ambiente organizacional, é primordial que o processo seja transparente, com regras claras e com a demonstração, em casos concretos, de como as coisas estão indo, em comparação ao que foi “combinado” e as metas a serem atingidas.
 
“Há quem apresente críticas a esse sistema de avaliação e retribuição, inclusive, defende que muitas vezes pode não ser verdadeiramente alcançável devido a desigualdades iniciais, falta de igualdade de oportunidades reais, discriminação estrutural ou outros fatores que podem prejudicar a igualdade de condições para todos competirem de maneira justa”, diz.
 

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IVANA ALVES DE ANDRADE
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