29/08/2024 às 01h42min - Atualizada em 29/08/2024 às 01h42min

​Favoritismo no Trabalho: O Inimigo Silencioso que Sabota o Sucesso da Empresa

O favoritismo no ambiente de trabalho é um problema frequentemente subestimado, mas que pode causar estragos profundos e duradouros tanto na moral dos funcionários quanto no desempenho organizacional. Quando certos indivíduos são tratados de maneira privilegiada, não por mérito, mas por laços pessoais ou preferências subjetivas, o impacto negativo se espalha rapidamente por toda a equipe.
Em primeiro lugar, o favoritismo é uma fonte poderosa de desmotivação. Funcionários que se sentem preteridos ou injustiçados podem perder o interesse em se esforçar, sabendo que seu trabalho dificilmente será reconhecido de forma justa. Esse desânimo pode levar à diminuição da produtividade, com profissionais se limitando ao mínimo necessário para cumprir suas funções, ou até mesmo à “desistência silenciosa”, onde os empregados continuam presentes fisicamente, mas desconectados mental e emocionalmente.
Além disso, o favoritismo corrói a confiança no ambiente de trabalho. Quando a percepção de que promoções, aumentos salariais ou oportunidades de desenvolvimento são distribuídos de forma desigual se torna predominante, a confiança na liderança se dissolve. Isso cria um ambiente tóxico, onde a cooperação dá lugar à competição destrutiva, e o espírito de equipe é substituído por ressentimento e desconfiança. Equipes que operam sob essas condições têm maior propensão a conflitos internos, que podem se tornar crônicos e difíceis de resolver.
A longo prazo, o favoritismo também impacta negativamente a retenção de talentos. Profissionais capacitados e ambiciosos, que buscam um ambiente justo e meritocrático, não hesitarão em procurar oportunidades em outras empresas que ofereçam reconhecimento baseado em desempenho real. Isso pode levar a uma rotatividade elevada, o que não só aumenta os custos de recrutamento e treinamento, mas também compromete a continuidade dos projetos e a estabilidade das operações.
O favoritismo pode prejudicar a reputação da empresa. Em um mercado cada vez mais transparente, onde as práticas empresariais são frequentemente expostas em plataformas públicas e redes sociais, a percepção de favoritismo pode manchar a imagem da organização, dificultando a atração de novos talentos e a construção de parcerias. Combater o favoritismo é essencial para construir um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Líderes devem adotar práticas de gestão transparentes, baseadas em critérios objetivos e justos, garantindo que o reconhecimento e as oportunidades sejam distribuídos de acordo com o mérito. Somente assim será possível criar uma cultura organizacional sólida, onde todos os funcionários se sintam valorizados e motivados a contribuir para o sucesso coletivo.

Regina Mizael 
Consultora em RH e
medicina ocupacional
Instagram  @regina.mizael
[email protected]

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