22/08/2024 às 14h09min - Atualizada em 23/08/2024 às 00h02min

Burnout parental atinge 9 em cada 10 mães

Para trazer luz ao problema, a B2Mamy, em parceria com a Kiddle Brasil, acaba de lançar os resultados da primeira pesquisa sobre o tema no Brasil;

MAYTê LOPES
Crédito: Reprodução Unsplash / Unseen Studio
 

O burnout parental é um tema cada vez mais relevante e urgente. De acordo com a pesquisa inédita realizada pela B2Mamy, maior comunidade de mães do país, em parceria com a Kiddle Pass, primeiro aplicativo de atividades interativas para crianças, 9 em cada 10 mães sofrem com esse tipo de esgotamento. Este é um dos maiores obstáculos para a equidade de gênero no mercado de trabalho. O levantamento revela também que 5 em cada 10 já receberam algum tipo de diagnóstico referente à saúde mental, enquanto 6 em cada 10 foram questionadas sobre filhos em momentos de promoções e seleção para vagas.

 

“Começamos este projeto com o olhar do esgotamento materno, algo que presenciamos em nosso dia a dia com toda a comunidade. Entretanto, ao nos depararmos com os resultados, entendemos que se trata de algo maior que apenas a rotina diária das mães. O impacto está em todos os lugares e tem consequências na sociedade e no ambiente de trabalho. Discutir e trazer à luz a sobrecarga materna e o burn out parental é falar também sobre equidade de gênero” diz Lygia Imbelloni, médica e Head de Saúde e Bem-estar da B2Mamy. A pesquisa contou com mais de 1.500 participantes em um pouco mais de um mês no ar.

 

Apesar de ter sido discutido pela primeira vez em 1983, foi só nos anos 2000 que o burnout parental ganhou destaque, impulsionado pela crescente participação das mulheres no mercado de trabalho e pelo aumento do burnout profissional. A pandemia de COVID-19 agravou a situação, revelando as desigualdades que as mães enfrentam. O assunto foi discutido em um estudo de 2022 da Universidade de Ohio, que revelou que 66% dos pais que trabalham sofrem de burnout parental, com 68% das mães e 42% dos pais afetados. 

 

Mães em foco

 

Como a primeira análise realizada apenas com mães, o resultado da pesquisa de Burnout Parental é preocupante. Mais da metade das entrevistadas estão em estado de esgotamento mental, com estágios entre graves ou moderados. 

 

Mariana Pereira, diretora do projeto e Educadora Parental na Kiddle Pass, destaca que o cenário é mais agravante em grupos minorizados. "Esperávamos um levantamento muito parecido com os da Universidade de Ohio, porém quando olhamos os marcadores sociais, encontramos uma realidade alarmante, condizente com o cenário de saúde mental dos brasileiros, de maneira geral. Segundo o Relatório Mundial de Estado Mental do Mundo 2024, o Brasil tem o terceiro pior índice de saúde mental no mundo, só perdendo para África do Sul e Reino Unido”, alerta.

 

Maternidade x mercado de trabalho

 

Das mulheres ouvidas, cerca de 85% estão exercendo atividades remuneradas, e entre essas, 57% reportaram já terem sido questionadas sobre maternidade e gravidez em processos seletivos e promoções. Quando indagadas acerca da rede de apoio, a maior parte conta com suporte da família ou não possui assistência com os pequenos em casa. A assistência das empresas se limita ao básico e, com  iniciativas obrigatórias: licença, plano de saúde e auxílio creche.

 

Outra preocupação intensa percebida na análise é a culpa e a sobrecarga na conciliação trabalho e filhos. Em média, 75% das mães/figuras parentais maternas chegaram a questionar, em algum momento, a permanência no mercado de trabalho diante do adoecimento e transtornos mentais, diagnosticados em mais da metade das respondentes. 

 

Não é à toa que, segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), a participação de mulheres sem filhos no mercado é 35% maior do que as que são mães. “Enquanto as engrenagens das corporações não se atualizarem, a fim de entenderem e atenderem as demandas do público feminino em suas políticas, iniciativas e benefícios, a permanência da mulher no mercado de trabalho continuará sendo condicionada a um malabarismo que tenderá a adoecê-la” reforça Mariana Espindola, CEO da Kiddle.

 

O alcance da equidade de gênero torna essencial fortalecer ambientes de trabalho que apoiem a maternidade e famílias, considerando que 51% da população é feminina. Os resultados da análise deixam claro que é necessário incentivar políticas corporativas e públicas para garantir o bem-estar das mães e de seus filhos, independentemente do ambiente em que estejam.



Sobre a B2Mamy:

A B2Mamy é a maior comunidade de mães do Brasil. Tem como propósito tornar mães líderes e livres economicamente para que tomem decisões conscientes sobre si e sobre sua família. Faz isso por meio de educação, networking e saúde e bem-estar. No modelo B2B2C entrega pesquisa, educação corporativa, employee experience e conscientização de marca para grandes empresas, no B2C, plano de assinatura onestop shop de benefícios para a jornada da maternidade para mães e mulheres se conectarem. Desde 2016, mais de 100 mil mulheres já foram impactadas, 27 milhões de reais foram gerados, 40 mil horas de conteúdo distribuído e 3 mil empresas aceleradas. Acesse o site da B2Mamy e saiba mais. 


Sobre a Kiddle Pass: 

Kiddle Pass é o maior aplicativo de educação desenvolvido para famílias no Brasil. Dedicado a proporcionar um ambiente seguro com atividades interativas em grupo cuidadosamente selecionadas por pedagogos, tem como objetivo eliminar a passividade das crianças diante das telas. Desde 2020 democratizando o acesso às atividades alinhadas às demandas do futuro, já impactou mais de 20 mil famílias. É a tecnologia rompendo os limites e barreiras da educação. Acesse o site da Kiddle Pass e saiba mais. 


 

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MAYTE LUCHTEMBERG LOPES
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