31/07/2024 às 14h03min - Atualizada em 02/08/2024 às 04h00min

No RS, mulheres ganham 22,4% a menos que os homens; igualdade salarial ainda é um desafio no mercado de trabalho brasileiro, diz especialista

Silvia Dal’ Alba, professora do curso de Recursos Humanos da Faculdade Anhanguera, ressalta os impactos dessa desigualdade;

DEIWERSON DAMASCENO
Divulgação
Mulheres ganham 22,4% a menos que os homens no Rio Grande do Sul, revela 1º Relatório de Transparência Salarial
 
No Brasil, o debate sobre igualdade salarial é recorrente. Apesar dos avanços em várias frentes da sociedade, a disparidade salarial entre gêneros e grupos étnico-raciais ainda persiste como um dos desafios mais significativos no mercado de trabalho brasileiro.
 

Dados recentes revelam que, em média, as mulheres no Brasil ganham significativamente menos que os homens em posições equivalentes. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2023, as mulheres ganhavam em média 79,5% do salário dos homens. Além disso, as mulheres negras enfrentam uma disparidade ainda maior, ganhando em média apenas 57,8% do salário dos homens brancos.
 

No Rio Grande do Sul, segundo o 1º Relatório de Transparência Salarial, que levantou dados de 3 mil empresas gaúchas com 100 ou mais funcionários, as mulheres ganham 22,4% a menos que os homens. A diferença de remuneração entre homens e mulheres varia de acordo com o grande grupo ocupacional. No Estado, em cargos de dirigentes e gerentes, por exemplo, chega a 34%. No recorte por raça, o relatório aponta que as mulheres negras, além de estarem em menor número no mercado de trabalho gaúcho, também recebem menos do que as mulheres brancas.
 

De acordo com a professora do curso de Recursos Humanos da Faculdade Anhanguera, Silvia Dal’ Alba, vários fatores contribuem para essa disparidade salarial persistente.
 

“Um dos principais é a discriminação de gênero e raça, que muitas vezes resulta em mulheres e pessoas de grupos étnico-raciais minoritários sendo sub-remuneradas em comparação com seus colegas masculinos e brancos. Além disso, as responsabilidades de cuidado, que ainda recaem desproporcionalmente sobre as mulheres, muitas vezes resultam em interrupções na carreira e oportunidades de trabalho reduzidas, afetando seus ganhos a longo prazo”, analisa.
 

Para a docente, esse contexto não é apenas uma questão de justiça social, mas por dispor de consequências significativas nos níveis socioeconômicos mais amplos. Silvia destaca que mulheres e pessoas de grupos minoritários que são sub-remuneradas enfrentam maiores dificuldades em alcançar a segurança financeira, investir em educação e melhorar suas condições de vida.
 

Mulheres que são sub-remuneradas enfrentam um maior risco de pobreza e instabilidade financeira, especialmente aquelas que são chefes de família ou têm responsabilidades de cuidado. A igualdade salarial pode ajudar a reduzir a pobreza feminina e a promover o bem-estar econômico das mulheres e suas famílias. Além disso, quando o público feminino recebe salários justos, dispõe de mais recursos para gastar e investir, o que pode estimular o crescimento econômico e promover a estabilidade financeira em nível nacional”, analisa.
 

Por fim, a especialista ressalta que a igualdade salarial é um componente importante da igualdade de gênero mais ampla, pois ao abordar as disparidades salariais, é possível avançar em direção a uma sociedade mais justa e igualitária.
 

“Hoje, a transparência salarial, por meio de políticas e legislações que identificam e corrigem essas disparidades, os incentivos para empresas que adotam práticas de pagamento justo e as ações afirmativas para aumentar a representação de mulheres em cargos de liderança e setores historicamente dominados por homens, são medidas essenciais para assegurar os direitos das mulheres”, afirma a professora de RH da Anhanguera, Silvia Dal’ Alba.
 
Sobre a Anhanguera
Fundada em 1994, a Anhanguera faz parte da vida de milhares de alunos, oferecendo educação de qualidade e conteúdo compatível com as necessidades do mercado de trabalho, em seus cursos de graduação, pós-graduação e extensão, presenciais ou a distância. Em 2023, passou a ser a principal marca de ensino superior da Cogna Educação, com o processo de unificação das instituições, visando o conceito lifelong learning, no qual proporciona acesso à educação em todas as fases da jornada do aluno. A instituição ampliou seu portfólio, disponibilizando novas opções para cursos Livres; preparatórios, com destaque para o Intensivo OAB (Ordem dos Advogados do Brasil); profissionalizantes, nas mais diversas áreas de atuação; EJA (Educação de Jovens e Adultos) e técnicos.  Com grande penetração no Brasil, a Anhanguera está presente em todas as regiões com 106unidades próprias e 1.398 polos em todo o país. A instituição presta inúmeros serviços à população por meio das Clínicas-Escola, na área de Saúde e Núcleos de Práticas Jurídicas, locais em que os acadêmicos desenvolvem os estudos práticos. Focada na excelência da integração entre ensino, pesquisa e extensão, a Anhanguera tem em seu DNA a preocupação em compartilhar o conhecimento com a sociedade também por meio de projetos e ações sociais. Acesse o site e o blog para mais informações.  

Contatos para a imprensa:
Deiwerson Damasceno
E-mail: deiwerson
܂santoscogna܂com܂br

Telefone: (11) 98455-3620
 

Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
DEIWERSON DAMASCENO DOS SANTOS
[email protected]


Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Comentar

*Ao utilizar o sistema de comentários você está de acordo com a POLÍTICA DE PRIVACIDADE do site https://novojorbras.com.br/.
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp