Rodrigo LealAs férias escolares chegam e junto uma preocupação dos pais e familiares com as atividades diárias das crianças e adolescentes, que aguardam esse período com ansiedade, por ser um tempo de liberdade, descanso e, acima de tudo, de brincar.
Trata-se de um período precioso, que vai muito além do simples descanso. É um tempo para brincar, crescer, aprender e se conectar. Por meio do brincar, as crianças não só se divertem, mas também desenvolvem habilidades essenciais para o seu crescimento integral. E, neste contexto, o brincar assume um papel ainda mais significativo, oferecendo inúmeras vantagens que se estendem além do simples entretenimento.
As férias proporcionam um tempo livre que pode ser preenchido não só com o repouso, mas com brincadeiras criativas e imaginativas. Sem a pressão dos deveres escolares, as crianças têm a liberdade de explorar novos mundos por meio do faz de conta, construções com blocos, desenho e outras atividades artísticas. Este tipo de brincar é crucial para o desenvolvimento cognitivo, pois estimula a criatividade, a capacidade de resolver problemas e o pensamento crítico.
Brincar ao ar livre também é uma das grandes vantagens deste período de pausa. Porém, nas férias do meio do ano (junho/julho), com a chegada do inverno e períodos chuvosos, as atividades precisam ser repensadas e a criatividade aflorada.
Mesmo com a rotina dos pais, que normalmente permanece neste período, vale a pena encontrar um tempo para momentos de conexão e interação. E, para isso, além de passeios (que são sempre bem-vindos), com a programação de cinemas, lanches ou parques, aproveite para resgatar brincadeiras antigas, como peão, mímica, stop, telefone sem fio, jogo da velha, jogos de tabuleiro, pular corda (se tiver espaço) e elástico, entre outros. Esses momentos proporcionam maior troca e proximidade das crianças com seus pares.
Mas, além desses jogos e brincadeiras tão conhecidos por nós, podemos propor atividades que estimulem a criatividade e trabalhos manuais, com objetos (sucata) e nos espaços que temos em casa. Um exemplo é construir um jogo de caminho com elementos próprios da família, valorizando e resgatando a história da criança. Assim, cada casa ou as casas com premiação do jogo podem contar um pouco da trajetória e costumes familiares.
Outro exemplo é a criação/contação de história e teatro. Este é um momento de muita imaginação e que pode, inclusive, ser utilizado para deixar que a criança ou adolescente expresse opiniões, sentimentos e desejos. Podemos também construir instrumentos musicais com sucatas – por exemplo, um violão com caixa de sapato, braço de rolo de papel higiênico e cordas de canudinho. Ou, ainda, tambores com latas ou potes. E até criar uma música com a banda formada.
O bilboquê com garrafas pet e cordão também é uma opção muito divertida e fácil de ser construída. Basta cortar a parte da boca da garrafa pet, amarrar um barbante e colocar algum elemento na ponta, para que seja jogado dentro da boca do bilboquê. Com as garrafas pet e uma bola de meia também podemos criar um boliche. Inclusive podendo decorar as garrafas (que serão os pinos do boliche) com diferentes materiais.
É possível, aqui, descrever inúmeras opções que utilizam e estimulam a criatividade, coordenação motora e a concentração. Portanto, durante as férias aproveite a oportunidade de explorar essas capacidades e interesses de maneira mais livre. E, independentemente da idade, o brincar (de diferentes formas) proporciona prazer, aprendizado e desenvolvimento em todas as etapas da vida.
(*) Edna Gambôa Chimenes é graduada em Letras, Pedagogia e Tecnologia em Comunicação Institucional, mestre em Estudos de Linguagens e tutora dos cursos de Pós-Graduação na Área de Comunicação do Centro Universitário Internacional Uninter.
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VALQUIRIA CRISTINA DA SILVA
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