24/07/2024 às 12h16min - Atualizada em 29/07/2024 às 20h00min

Lideranças de RH ganham relevância estratégica junto a conselhos e presidências nas organizações

Renata Fabrini, sócia da Plongê

LUCIANA NUNES
Plongê, consultoria especializada em seleção de alta liderança
Divulgação

A relevância estratégica das lideranças de Recursos Humanos junto aos conselhos e presidências das organizações tem crescido substancialmente nos últimos anos. Esse aumento importante se deve a várias mudanças no ambiente empresarial e também as atribuições que fazem parte do papel e desempenho desse profissional.

Percebo que, após o período de pandemia, boa parte das empresas no Brasil e no mundo estão enfrentando desafios ainda mais complexos, exigindo  a adoção de boas práticas de gestão de talentos e a promoção de ambientes mais saudáveis. Diante disso, muitas questões têm sido ressaltadas para a valorização das posições de alta liderança em RH e a área de gestão de pessoas passou a ser vista como mais estratégica dentro das organizações. 

Como consultoria especializada em seleção de alta liderança, identificamos essa tendência em números. Realizamos na Plongê um levantamento no segundo semestre de 2023 com 333 profissionais para posições de diretoria e vice-presidência em três grandes corporações dos setores bancário, automobilístico e energia. Desde o início dos processos, ao desenhar a estratégia, percebemos uma movimentação incomum. 

Durante a realização do processo, vimos que os conselhos das empresas optaram por participar da seleção dos candidatos para a alta gestão da área de Gente e Gestão, uma prática que não era observada em processos de seleção em anos anteriores. Na análise identificamos que as organizações tinham em comum não somente a posição em aberto, mas também atravessavam momentos de transformação, inovação tecnológica e ampliação dos negócios. 

E por que a posição se tornou estratégica? Entendemos que as transformações sociais, econômicas e também de culturas têm levado a desafios organizacionais cada vez maiores. E as relações de trabalho são fundamentais nesse contexto para um caminho próspero. Culturas corporativas que acolhem mais, incluem mais pessoas, abraçam repertórios biográficos mais diversos e também se empenham em resolver ambientes tóxicos têm conseguido enfrentar todos esses obstáculos com mais segurança e menos turbulências.

A valorização da pessoa humana em relação à pessoa jurídica vem sendo, inclusive, um movimento bastante importante. O próprio nome “RH” vem sendo questionado e caindo em desuso. De acordo com o relatório “The changing face of HR in 2024”, 73% das lideranças do setor e 85% dos membros C-Level acreditam que o termo "recursos humanos" está desatualizado. E novas denominações têm sido utilizadas como “Gestão de Talentos” ou "Cultura e Pessoas” para identificar a área como um parceiro estratégico da companhia. Isso porque estamos alcançando hoje uma maturidade na visão que temos do trabalho e dessas relações profissionais. 

Seguindo essa lógica, Satish Kumar, fundador do Schumacher College, em sua visão holística e humanista, esclarece que a gestão das relações humanas (RH) deve ser baseada na cultura organizacional colaborativa, promovendo o bem-estar e a valorização completa de cada colaborador. Apoiados por uma liderança empática, engajada e atenta ao crescimento pessoal e profissional além das necessidades de cada um.

É uma tendência brasileira e global. Recentemente a Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) observou uma alteração no nome dos cargos que os executivos de RH ocuparam nos últimos 30 anos. Principalmente, na última década, muitos profissionais receberam o título de “chief”, em um cargo que agora possui responsabilidades e atribuições de gestão de talentos, relações de trabalho e cultura. Muito além das atividades de folha de pagamento, cumprimentos de legislação e gestão de benefícios.

Visto como um parceiro fundamental, as lideranças de RH junto aos conselhos e presidências refletem a percepção de que as pessoas são um diferencial competitivo importante. E as organizações que reconhecem e utilizam plenamente o potencial de cada líder de RH, de maneira estratégica e inovadora, estão melhor posicionadas para prosperar em um ambiente de negócios dinâmico e desafiador.


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LUCIANA NUNES DOS SANTOS
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