22/07/2024 às 13h35min - Atualizada em 26/07/2024 às 00h02min

Mostra Solo Mulheres enaltece protagonismo feminino nas artes

Um poderoso time de artistas mulheres traz às cenas, suas identidades, suas vivências e suas representatividades 

POMBO CORREIO ASSESSORIA DE COMUNICAçãO
1) José de Holanda | (2) Maria Luiza Graner | (3) Sênsil Teatro | (4) Noelia Nájera

Mostra Solo Mulheres enaltece protagonismo feminino nas artes com shows, espetáculos e aberturas de processo no Teatro de Contêiner de 3 a 24 de agosto

Um poderoso time de artistas mulheres traz às cenas, suas identidades, suas vivências e suas representatividades 

 

Toda a potência do trabalho de grandes artistas mulheres é reverenciada na Mostra Solo Mulheres 2024 - 3ª edição, que acontece de 3 a 24 de agosto, no Teatro de Contêiner. A programação conta com quatro aberturas de processo, uma performance, nove espetáculos solo e quatro shows.

A Mostra Solo Mulheres tem como objetivo enaltecer o protagonismo das mulheres nas artes, apresentando produções independentes de artistas mulheres que estão aí trazendo para a cena suas corpas, suas identidades, suas vivências, suas representatividades, suas narrativas de forma autoral.

“Ao pensar a curadoria, acredito que nessa conjunção mulher e arte, a relevância se encontra em trazer para cena esse “ser mulher” de forma plural. Somos muitas, com narrativas diversas, e é na arte que essa diversidade se revela de forma tão explícita. São no total 17 artistas na cena, mas que se a gente for contabilizar, são muitas outras mulheres envolvidas assinando dramaturgia, direção, produção, cenário, figurino, luz, arte, técnica”, diz a curadora Tati Caltabiano.

“Nessa sociedade extremamente machista, onde a perseguição aos nossos corpos não tem fim, e ainda estamos vivendo momentos difíceis enquanto mulheres, se faz necessário que Mostras como essa existam e resistam, que teatros, instituições, festivais e editais abram espaço para nossas criações, para o que temos a dizer, por que são nesses espaços que os olhares estão voltados para as nossas pautas”, acrescenta.

Entre as poderosas artistas que se apresentam na mostra, estão Dani Nega, Fernanda Stefanski, Silvana Farias, Maíra Maciel, Aysha Nascimento, Lýryca, Cris Rocha, Priscila Magella, Letícia Rodrigues, Paula Aviles, Aline Alves, Nicole D´Fiori, Jéssica Barbosa, Lila, Jocarla, Gabi Costa e Marina Mathey.

 

Confira abaixo a programação completa: 

Serviço 

Mostra Solo Mulheres 2024

Quando: 3 a 24 de agosto

Teatro de Contêiner Mungunzá - R. dos Gusmões, 43 - Santa Ifigênia

Ingressos: Gratuitos

Ingressos online em www.sympla.com.br/teatrodeconteiner ou presencial 1h antes de cada sessão

Lotação: 99 pessoas

 

3 de agosto

19h - Show “Dani convida Mautari e Vini Sampaio” de Dani Nega
Sinopse: O show traz elementos autobiográficos da rapper, que aborda, em suas letras, temas como racismo, violência urbana e apropriação cultural, do seu ponto de vista singular. Um retrato de seu dia a dia na cidade, trabalhando, criando e vivendo afetos como mulher negra é contado e cantado através da linguagem do spoken word e das tradições poéticas vindas das cenas dos Slams.

4 de agosto
19h - Espetáculo “Véspera”, de Fernanda Stefanski
Sinopse: Após ser declarada morta, afogada em um rio, Ofélia retorna aos bastidores de seu suposto suicídio para reconstituir a verdade sobre sua morte e sua história. Na coxia de um teatro, enquanto espera para entrar em cena, ela revela detalhes sobre seu desejo de reescrever o desfecho de uma grande tragédia.

5 de agosto
19h - Abertura de processo “Chef Psi”, de Maíra Maciel
Sinopse: Chef Psi é psiquiatra, psicanalista e chef de cozinha, que, entre cortes, relatos de casos e uma obsessão pela cultura japonesa, revela sua culinária das emoções enquanto prepara um prato em cena.

20h30 - Abertura de processo “Lídima”, de Silvana Farias
Sinopse: É um espetáculo-portal para quem o atravessa. Conta a história de uma mulher de meia idade que se vê viúva e com filhos para criar e sustentar. Depois de um longo casamento infeliz em que se via oprimida e sem forças para enfrentar as diversas situações que a mantinham com os desejos atados, a morte de Afonsino, seu marido, faz com que esta mulher entre em contato com uma força que a mesma desconhecia até então. O que pode uma mulher?

7 de agosto
20h - Espetáculo “PLSTC - Ação Cênica para adiar o fim do mundo”, de Nicole D´Fiori
Sinopse: PLSTC é um solo onde a atriz Nicole D' Fiori transita por diferentes linguagens artísticas como: performance, dança, canto e encenação, além de executar a operação técnica de luz, som e vídeo. O espetáculo, dirigido por Pedro das Oliveiras, é resultado de uma extensa pesquisa sobre: lixo, consumo, obsolescência e plástico, pautas tão urgentes na sociedade atual. Em cena, a atriz monta quatro manequins que compõem uma vitrine do fim do mundo e elabora sua angústia em relação à catástrofe ambiental, o acúmulo de lixo no planeta, racismo ambiental, ingestão involuntária de microplástico, obsolescência das espécies e necessidade de transição energética. O espetáculo norteia-se no ecofeminismo como solução para mudança de comportamento individual e coletivo - expande a visão de natureza para além do olhar cultural da mãe provedora de recursos, contrapondo a estrutura da visão patriarcal em que estamos inseridos. Você já imaginou passar pelo mundo como um pássaro, que voa pelo céu sem deixar rastro?

8 de agosto
20h - Show ‘Colheyta” de Lýryca
Sinopse: Em meio a um movimento coletivo de intensas transformações de paradigmas, o show "Colheyta" emerge como uma celebração única. Num cenário onde as memórias preservadas ao longo do tempo são as sementes nativas de nosso espírito, o show se torna uma plantação de sonhos ancestrais, cultivados para prosperar no futuro. É um convite para reconectar nossas consciências e movimentos com a verdadeira história, onde a cultura hip hop sempre foi um quilombo para nosso corpo-território, uma terra fértil que vibra a cada passo em direção ao bem-viver. 

9 de agosto
20h - Espetáculo “Asas para Ana C...”, de Cris Rocha
Sinopse: ASAS PARA ANA C... é um ato poético, um manifesto-cênico-corpóreo-musical, um tributo à Ana Cristina Cesar - um dos maiores nomes da poesia marginal dos anos 70 - com concepção, direção e atuação de Cris Rocha, seu primeiro solo em 30 anos de carreira. A dramaturgia sonora (executada ao vivo) é de Nina Blauth. Inspirado em poemas e cartas de Ana Cristina Cesar, o espetáculo traz de forma intimista, dinâmica e não linear, a trajetória dessa artista para quem a literatura e a vida eram indissociáveis; assim também a dramaturgia fricciona acontecimentos biográficos da performer revelando encruzilhadas na interlocução com a trajetória da poeta onde realidade e ficção se misturam num mesmo enredo.

10 de agosto
19h - Espetáculo “Chuva de piaba”, de Priscila Magella
Sinopse: Este monólogo é a conclusão do curso de atuação da escola de arte dramática da atriz e cantora Priscila Magella. Num retorno de ser menina, em uma dramaturgia autoral entre o biográfico e o imaginário, narra seu encontro com o amado, que logo se torna inseparável, o Rio. Para isso, fabula um rio gente, além das fábulas de toda gente que rodeia a relação. A paixão pela encantaria do Rio São Francisco, o velho Opará, pelo espaço geográfico, pela tecnologia ancestral, ensinada nas minúcias do dia a dia pelas mulheres da família; transforma-se em cena, corpo, imagem, canto. No espaço-tempo da ação, entre canoas e carrancas a menina-que-já é mulher busca em suas raízes profundas, revelar suas paixões pra fazer apaixonar, que os olhos possam brilhar, e que todos se saibam água.

11 de agosto
19h - Espetáculo “116 gramas - peça para emagrecer”, de Letícia Rodrigues 
Sinopse: A Gorda, a cada dia que se apresenta para uma nova plateia, tenta alcançar o mesmo objetivo: emagrecer 116 gramas. A fim de queimar as calorias necessárias para tanto, ela cria um espetáculo teatral, um experimento performativo, uma espécie de aula de academia, só que mais bonita. Ela pratica exercícios, fórmula cálculos, se perde em teorias, compartilha memórias e encontra poesia em cada gota de suor que escorre pelo seu corpo. Talvez assim ela consiga ser uma atriz de verdade.

12 de agosto
19h - Abertura de processo “Judite Triunfa”, de Paula Aviles
Sinopse: “O trabalho tem como núcleo a obra "Judite decapitando Holofernes", de Artemísia Gentileschi, e entremeia a história da própria Judite, nessa passagem bíblica retratada por alguns artistas, de Artemísia Gentileschi, artista barroca que usa a obra para falar de uma violência que viveu e o relacionamento abusivo vivido pela atriz/autora do solo.

20h30 - Abertura de processo “A parede dessa sala devia ruir”, de Aline Alves
Sinopse: 2018. Uma educadora comum, mulher miscigenada e de raízes nordestinas, sofreu importunação sexual, no dia das mulheres, na pista de dança e ao som de Tim Maia. Intocada e suja, foi evitada por todos os seguranças do espaço. Ao chegar em casa, não dormiu. Foi à delegacia, chorou, tomou banho e foi dar aula. E o resto é estigma.

14 de agosto
20h - Espetáculo “Parto Pavilhão”, de Aysha Nascimento
Sinopse: É um espetáculo de teatro solo que discute o sistema carcerário de mulheres negras e mães no Brasil, protagonizado por Aysha Nascimento, dirigido por Naruna Costa e escrito por Jhonny Salaberg. Livremente inspirado na história real “A fuga dos bebês” na CPP (Centro de Progressão Penitenciária) Butantã em 2009, quando nove mulheres fogem com bebês de colo pelo portão da frente.

15 de agosto
20h - Espetáculo “Em busca de Judith”, de Jéssica Barbosa
Sinopse: Até os 32 anos, Jéssica Barbosa acreditava que Judith Alves Macedo, sua avó paterna, havia falecido num acidente de carro. A história que lhe era contada desde a infância ganhou uma reviravolta quando a atriz se deparou com uma fotografia num livro e ouviu um relato familiar, gatilhos que dispararam nela a busca pela história real de Judith. A mulher negra, mãe de cinco filhos, fora internada compulsoriamente num hospital psiquiátrico, onde permaneceu até a sua morte, em 1958. É sobre as buscas e descobertas dessa história, permeada pelo silenciamento das vozes femininas e questões que atravessam o sistema manicomial que trata “EM BUSCA DE JUDITH”, espetáculo idealizado por Jéssica e Pedro Sá Moraes, que também assina a direção. Este trabalho é fruto de 3 anos de imersão no Programa Casa B de residência artística do Museu Bispo do Rosário/Colônia Juliano Moreira - RJ.

16 de agosto
20h - Show “Lila canta Verana” de Lila
Sinopse: No palco, Lila se destaca como uma artista completa, apresentando suas próprias músicas em um formato solo. Com maestria nos sintetizadores e beats produzidos em seu computador, ela cria uma atmosfera eletrônica que se conecta harmoniosamente com os ritmos cariocas. O repertório é uma mistura equilibrada entre seus sucessos mais conhecidos, como “Não é Não”; releituras descoladas, como “Ela é do Tipo”, de Kevin o Chris com o Drake; e músicas inéditas deseu próximo álbum, “Verana”, um projeto produzido por ela mesma, repleto de linguagem eletrônica pulsante, que reflete o espírito do universo carioca e traz a sexualidade feminina em primeiro plano. 

17 de agosto
19h - Espetáculo “Cíclico”, de Gabi Costa
Sinopse: Partindo da trajetória de mulheres de sua família, a atriz investiga uma série de memórias que se cruzam com as suas, como uma repetição ensaiada, aprendida de forma cíclica. O espetáculo questiona o papel das mulheres dentro de famílias atingidas pela dependência química, dando protagonismo a elas.

18 de agosto
19h - Show “Uma ilusão deve morrer” de Marina Mathey
Sinopse: Inspirada no verso de “Coração Vulgar”, de Paulinho da Viola, e acompanhada do piano de Rodrigo Zanettini, Marina Mathey apresenta um show intimista e magnético, louvando a derrocada das ilusões, sejam elas amorosas, sociais ou até mesmo as que nos impedem de enxergar a vida e os encontros em suas potências mais sutis e capciosas. A performance é composta por versões de faixas do seu álbum “Boneca Pau Brasil”, do show “Trava” e poesias que costuram e atravessam o diálogo com a plateia.

24 de agosto - Programação especial
Parceria Teatro de Contêiner e Casa do Povo
Mostra Solo Mulheres no ERUV 
Casa do Povo - R. Três Rios, 252
Ingresso: Sem ingressos, performance na rua

15h30 - Performance “Mãe”, de Jocarla
Sinopse: Pernambuco, essa figura que tem o símbolo do guerreiro, que abre caminhos, tem suas quedas e seus levantes, a artista leva para as ruas a sua cabocla mãe, mulher que guerreia mesmo na exaustão, abre caminhos mesmo com obstáculos constantes. Um corpo que carrega os papéis de Mulher, Mãe e Profissional. Um corpomãe em seu esgotamento físico e psicológico. Um corpo que reverencia. Um corpo que protege. Um corpo que perde. Um corpo que vence. Um corpo que escuta. Um corpo que pede licença. Um corpo que gera outros corpos. Um corpo que alimenta outros corpos. Um corpomãe. Um corpo invisível, mas que traz o olhar nesta ação através das indumentárias chamativas, dos sons dos sinos e da frase “Você já olhou para uma mãe hoje?”


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DOUGLAS DE PAULA PICCHETTI
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