18/07/2024 às 15h17min - Atualizada em 18/07/2024 às 20h29min

Jovens do projeto Adolescente Aprendiz em Instituição de Betim realizam ações inspiradas em filme de animação

CAROLINA NOGUEIRA
Antenados Produtora
A animação Divertida Mente 2, da Disney/Pixar, tem gerado uma grande repercussão desde a sua estreia há apenas três semanas. E não é para menos. Rilary, a personagem principal se desenvolveu, chegou à adolescência e com ela novas emoções vêm à tona, o que gerou uma grande identificação do público.

De maneira lúdica, o filme traz importantes reflexões sobre como lidamos com cada sentimento e seus impactos em nosso dia a dia, seja em casa, na escola e até mesmo no ambiente de trabalho.
Inspirado na produção, o Instituto Ramacrisna promoveu uma interação inovadora entre alunos do projeto Adolescente Aprendiz e os funcionários da Instituição. Utilizando cartas que representam os sentimentos do filme, os jovens estão transformando o ambiente administrativo em um espaço de aprendizado e reflexão. Durante a dinâmica, os alunos distribuíram aleatoriamente as cartas entre os funcionários, cada uma representando um sentimento como alegria, tristeza, raiva e todos os demais personagens do filme. Após a escolha, os colaboradores leram em voz alta o sentimento recebido, enquanto os adolescentes compartilhavam mensagens motivacionais e estratégias para lidar com esses sentimentos no contexto profissional.

A ação foi tão positiva que a ação foi prolongada e novas atividades já estão em desenvolvimento para serem reproduzidas durante o segundo semestre. “A nossa equipe pedagógica, junto ao corpo docente, está desenvolvendo um projeto que será realizado durante todo o semestre. A ideia é continuar abordando tanto os alunos quantos os funcionários. Para gerar mais identificação com cada sentimento, os alunos desenvolveram cartazes sobre cada um e o dispuseram no refeitório – ambiente comum a todos. Outras ações e abordagens também já estão em elaboração”, explicou a coordenadora do projeto Adolescente Aprendiz, Aline Consuelita.

Solange Bottaro, vice-presidente do Instituto Ramacrisna, enfatiza o impacto positivo dessas atividades: "Abrir espaço para ações como esta é crucial. Além de promover a interação entre os alunos e os colaboradores, também traz reflexões importantes para o ambiente corporativo, melhorando o clima organizacional e a compreensão mútua. Essa abordagem não apenas fortalece o vínculo entre gerações, mas também demonstra como a arte pode ser um meio eficaz para promover mudanças positivas dentro das organizações. ”, enfatiza.

O lúdico como aliado

A instrutora do projeto e idealizadora da ação, Sueli de Oliveira, conta como a ação repercutiu positivamente. Ela acredita que a leveza na abordagem foi fundamental para o engajamento. "Sempre buscamos trazer temas importantes para os alunos de forma mais leve e lúdica, para gerar mais interesse e engajamento. Esta iniciativa não apenas educa os adultos sobre a influência dos sentimentos no ambiente de trabalho, mas também prepara nossos jovens para os desafios do mercado de trabalho que em breve enfrentarão. Passamos a maior parte do tempo no trabalho e poder estar na sala de controle do nosso sentimento é fundamental".

E a ação possui embasamento científico, já que os roteiros de Divertida Mente têm como uma de suas bases as pesquisas do psicólogo americano Paul Ekman, pioneiro no estudo das emoções e das expressões faciais ou corporais. Para a psicóloga do Ramacrisna, Jessica Tauane, trazer temas como este para o ambiente corporativo de forma lúdica, ajuda a deixar os colaboradores mais à vontade para se abrirem aos sentimentos. “A frase que mais escutamos em ambientes corporativos é que não se pode misturar vida pessoal e trabalho. As pessoas não querem expressar as suas emoções, acham que isso as deixam mais vulneráveis. Mas não há como fazer isso efetivamente, o nosso corpo não é preparado para isso. Esta ação realizada pelos alunos traz um outro olhar para os colaboradores, inclusive sobre a repressão dos sentimentos, deixa uma sensação de acolhimento e abertura para se falar sobre o tema”, explica.
Jhullya Souza, é aprendiz no projeto e aprovou a ação. “Foi muito bom, não apenas por conseguir me entender melhor, mas colaborar para que outras pessoas se descubram e aflore um sentimento que muitas vezes fica escondido e não percebemos. A ação trouxe muito autoconhecimento para todos que participaram, tanto os funcionários quanto nós, alunos”, relatou.
 

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CAROLINA NOGUEIRA SILVA
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