10/07/2024 às 09h49min - Atualizada em 11/07/2024 às 20h17min

Pressão no Trabalho: Estratégias para mitigar os impactos no bem-estar dos colaboradores

Juliana Dimário, Diretora de Pessoas e Cultura da CBYK

THALITA TARTARELLI
Divulgação CBYK

A pressão no trabalho é onipresente nas empresas e não se relaciona a seu porte, variando de intensidade dependendo da cultura da organização e de políticas de gestão de pessoas. Mas, este estresse relacionado à atividade profissional impacta o bem-estar e a qualidade de vida dos colaboradores. Se uma dose moderada de pressão pode ser motivadora, seus excessos, como políticas remuneratórias muito agressivas e ambientes de trabalho ruins têm o potencial de gerar efeitos para os indivíduos e também para as organizações.

De acordo com o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, somente no ano de 2022 foram notificados 2.424 casos de transtornos mentais relacionados ao trabalho. Minas Gerais liderou o ranking de notificações, seguido por São Paulo e Bahia. O ano de 2022 também se destacou como o período com o maior número de casos registrados nos últimos 15 anos.

Devemos analisar as causas da pressão no trabalho, suas implicações e como a área de Recursos Humanos (RH) pode desempenhar um papel crucial na mitigação desses efeitos.

A Associação Brasileira de Qualidade de Vida, relaciona a pressão no ambiente de trabalho muitas vezes a três tipos/fatores principais: 1. Pressão de tempo, principalmente relacionada a equipes insuficientes e consequência, acúmulo de funções; 2. Autoexigência, eventualmente causada por ambiente excessivamente competitivo; 3. Pressão por resultados e busca de prêmios salariais.


Outros fatores que contribuem para o aumento da pressão nas empresas e equipes são como cargas de trabalho elevadas com expectativas irrealistas, prazos apertados e demandas excessivas que sobrecarregam o time, mudanças organizacionais frequentes, como reestruturações recorrentes ou sem comunicação adequada, ou até mesmo falta de recursos e uso de equipamentos obsoletos, além de conflitos com colegas ou gestores que muitas vezes contribuem diretamente para um ambiente de trabalho estressante.


Diferença entre cobrança e pressão
 

Embora pareçam semelhantes, cobrança e pressão são conceitos distintos que se relacionam com o desempenho dos colaboradores. A cobrança refere-se à exigência de que as equipes cumpram suas responsabilidades e obrigações de acordo com as expectativas da organização, metas, estratégias coletivas e pessoais - basicamente, seu “contrato social” com o empregador. Trata-se de uma forma saudável de incentivar os colaboradores a melhorar seu desempenho.


Já a pressão é um nível mais elevado de exigência, acima dos padrões acordados ou razoáveis, e que pode levar a danos emocionais e psicológicos, gerando perda de eficiência. É importante que empresas e a liderança saibam diferenciar a cobrança saudável da pressão nociva. A pressão não é necessariamente sinônimo de assédio moral, mas pode facilmente se tornar um comportamento abusivo e prejudicial à saúde mental das equipes, e quando excessiva, tem o potencial de transformar o ambiente de trabalho em um espaço tóxico. Em situações extremas, essa pressão pode evoluir para o assédio moral, caracterizado por comportamentos violentos e repetitivos que causam constrangimento e humilhação aos funcionários, resultando em danos emocionais e psicológicos, absenteísmo, perda de produtividade e passivos trabalhistas.

Use o “seu” RH como um grande aliado. Nesse contexto, o RH pode atuar como um aliado dos colaboradores e liderança, buscando sinergias, estimulando a cultura colaborativa e criando programas e mecanismos que ajudem a lidar com a pressão no trabalho.

*Juliana Dimário é Head de Pessoas e Cultura da CBYK Consultoria e Seastorm Ventures, com certificação Internacional em Psicologia Positiva pelo WholeBeing Institute, Chief Hapiness Officer (CHO) pelo Instituto Feliciência, Colunista no RH Portal, com MBA em Marketing pela Fundação Getúlio Vargas, e graduação em Comunicação Social pela Universidade Metodista.

Profissional voltada a Cultura Organizacional, Bem-estar e Comunicação Corporativa, com mais de 15 anos de experiência atuando em empresas de grande porte e multinacionais, na área de engajamento e clima organizacional, branding, jornada de cliente, comunicação corporativa e marketing de produtos.


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Thalita Tartarelli do Nascimento
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