07/05/2024 às 17h53min - Atualizada em 08/05/2024 às 00h01min

A geração Z já está mudando a política do Brasil

A participação ativa dos jovens nas eleições é fundamental para moldar o futuro de uma nação. No entanto, muitos jovens ainda subestimam o poder do seu voto.

Murilo Amaral
Divulgação/BaseLab

Os jovens são mais do que apenas os líderes de amanhã: são cidadãos ativos hoje. Suas vozes, sonhos e preocupações merecem ser valorizados na política. Votar não é apenas um direito, mas uma responsabilidade que os jovens têm consigo mesmos e com o futuro que desejam construir para as próximas gerações.

O voto dos jovens é uma ferramenta poderosa capaz de fazer grandes mudanças na história e no destino de uma nação. Em tempos de desafios intensos, é essencial que os jovens se envolvam ativamente nas eleições e exerçam seu direito democrático. Participar não é apenas uma opção, mas uma responsabilidade vital para assegurar um futuro mais equitativo para todos

Nos últimos anos, temos testemunhado um aumento notável no envolvimento político dos jovens. De acordo com as estatísticas eleitorais, nos três primeiros meses de 2024, um total de mais de 609 mil jovens com idades entre 16 e 18 anos solicitaram a primeira via do título de eleitor. 

Atualmente, com informações da Justiça Eleitoral, há 1.809.469 jovens com idades entre 16 e 17 anos aptos a votar nas eleições marcadas para 6 de outubro, com a possibilidade de segundo turno em 27 de outubro. Na última eleição municipal, o número de eleitores nessa faixa etária era de 1.456.166, crescimento de 24.26%. 

 

Ao realizar uma breve análise histórica da variação dessa porcentagem em 2008, ano em que grande parte destes jovens nasceram, apesar do TSE registrar somente dados entre 21 a 24 anos, podemos ter uma medida da participação política da geração anterior ao observar que menos de 1% desta faixa etária exerceu o voto. 

A Justiça Eleitoral relaciona o aumento do alistamento de jovens às campanhas realizadas para incentivar o primeiro voto. Durante a Semana do Jovem Eleitor, uma iniciativa do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) realizada entre os dias 18 e 22 de março deste ano, 83.622 jovens com idades entre 15 e 17 anos solicitaram a emissão do título eleitoral para as eleições municipais de 2024. Há quatro anos, durante a mesma semana, foram registrados pouco mais de 20 mil alistamentos.

Estes números são resultados do investimento em esforços nas redes sociais para promover o engajamento das pessoas cidadãs. Um exemplo notável é o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), que experimentou um aumento significativo de visibilidade ao aderir ao TikTok, pois mesmo em um ano sem eleições, o TikTok do TRE-PR registrou um aumento de 1.783 seguidores entre fevereiro e julho de 2023 e conta com 86.4 mil seguidores e 3.2 milhões de curtidas. De janeiro a julho daquele mesmo ano os vídeos acumularam 1.853.845 visualizações.. 

E também há outros setores públicos e organizações não-governamentais, como a Girl Up, movimento que apoia meninas pela justiça social, lançou o programa de formação política “Você Ainda Vai Votar Nelas”, ao preparar dez meninas entre 18 e 24 anos para cargos de vereança em todo o país. 

Ao compararmos as três últimas eleições para prefeitura e vereadores, podemos observar estabilidade quanto ao número de candidatos com 18 anos. Em 2012 houve um quantitativo de 691 pessoas candidatas, em 2016 um crescimento de apenas 1,59% ao totalizar 702 candidaturas, mas que não resistiu ao momento de turbulência no tecido social brasileiro e na política institucional representado pela queda em 7,55%. 

Se levarmos em consideração as três últimas eleições consecutivas, não há dados suficientes para conclusões, pois tanto em 2018 quanto em 2022, apenas 1 pessoa com 18 anos se candidatou. 

Os desafios que enfrentamos, como as mudanças climáticas, a desigualdade social e a justiça econômica, demandam ação imediata e cooperação de todos. Os jovens desempenham um papel crucial na luta por um futuro mais justo e sustentável. Seu voto é uma ferramenta poderosa para escolher líderes comprometidos com a proteção do meio ambiente, a igualdade social e o avanço econômico.

Quando os jovens votam, eles se tornam parte ativa das mudanças em suas comunidades. Isso também desperta um interesse duradouro na política e na democracia. Participando ativamente das eleições, eles ajudam a fortalecer e preservar os valores essenciais da nossa sociedade democrática.

Pedro Mattosinhos

COO da Baselab.


 
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