26/04/2024 às 01h08min - Atualizada em 26/04/2024 às 01h08min
Kelida Marques comenta a declaração da cantora Ludmilla no Coachella e aponta aumento da intolerância religiosa no país
A cantora Ludmilla se apresentou no Coachella, com frase polêmica no telão, "Só Jesus expulsa o Tranca Rua das pessoas". Qual a sua opinião sobre isso?
R: Como líder espiritual, penso que é lamentável ver qualquer forma de intolerância religiosa, especialmente vinda de alguém que já enfrentou preconceitos e discriminação. É importante lembrar que a liberdade religiosa é um direito fundamental, e todas as crenças merecem ser respeitadas.
- Ludmilla, como uma mulher negra, LGBTQ+ e oriunda de uma favela, certamente experimentou a marginalização e o preconceito. No entanto, as palavras no telão no Coachella, apesar de possivelmente, serem reflexo de suas próprias crenças e experiências, podem ter sido interpretadas como insensíveis e intolerantes por muitos, o que de fato foi.
- Como líder espiritual, reitero a importância de promover a compreensão, empatia e respeito mútuo entre todas as tradições religiosas, independentemente das diferenças. A diversidade espiritual enriquece nossa sociedade, e é essencial cultivar um ambiente de respeito e tolerância para que todos possam viver em harmonia.
O que é e como você analisa a intolerância religiosa na atualidade?
R: Vejo a intolerância religiosa como uma negação da dignidade humana e da liberdade espiritual. Trata-se de uma violação dos princípios fundamentais de respeito, compreensão e amor ao próximo, que são centrais em muitas tradições espirituais. Quando uma pessoa ou religião é alvo de intolerância, isso não apenas causa sofrimento individual, mas também mina a coesão social e a paz.
- Acredito que devemos promover ativamente o respeito pelas diferentes tradições religiosas e espirituais, buscando entender e valorizar as diversas perspectivas que enriquecem nossa sociedade. A tolerância religiosa é essencial para construir um mundo onde todos possam praticar sua fé livremente, sem medo de discriminação ou perseguição.
Na sua avaliação a origem dos preconceitos e intolerâncias as religiões surge por quais motivos?
R: Os preconceitos e intolerâncias religiosas podem surgir devido à ignorância, interesses políticos, rivalidades históricas, extremismo, mudanças sociais, desigualdades e outros fatores. Combatê-los requer esforços para promover o diálogo, a educação, a empatia e o respeito mútuo. Devemos reconhecer a diversidade religiosa como uma riqueza e trabalhar juntos pela paz e harmonia, independentemente das crenças individuais.
Como combater a intolerância religiosa em pleno século XXI?
R: É essencial investir em educação, diálogo inter-religioso, defesa dos direitos humanos e engajamento comunitário. Além disso, é importante fortalecer as comunidades vulneráveis, garantir a segurança e promover uma mensagem de paz e compaixão. Uma pessoa nada agrega fazendo o caminho contrário e por isso cada vez mais devemos mostrar quem são os Trancas Ruas, Marias Padilhas, Senhor 7 da Lira ( O rei da música, dos artistas, do teatro, da tv e do carnaval) diga-se de passagem, não existe um músico que não tenha o apoio e o suporte da Lira indiferente da música que faça, do gospel ao carnaval.
Temos menos ou mais preconceitos contra religiões hoje?
R: Cada dia o preconceito esta fazendo o caminho reverso, hoje templos religiosos que são mais expostos na mídia assim como o meu, são alvos fáceis de discriminação e possíveis ataques. Infelizmente, os dados são alarmantes. Em 2023 houve um aumento de 64,59% (1.478 total de denúncias) e 79,39% ( 2.124 de violações) esses dados foram fornecidos pelo Ministério dos direitos humanos e cidadania. Chegamos a uma conclusão, nosso país está cada vez menos laico e mais preconceituoso.
Por que ainda nos dias de hoje, as entidades como Exus são tão demonizadas?
R: Exus e Pombas Giras têm sido injustamente demonizados pela sociedade devido a uma grande falta de conhecimento e compreensão sobre essas entidades espirituais. Enquanto permanecerem dentro de casas fechadas, trancados e marginalizados, é natural que sejam vistos de maneira distorcida e estigmatizada pelos outros.
- Não adianta mostrar Exu ou Pomba Gira apenas nas chamadas "incorporações fortes", onde as pessoas parecem mais desconfiguradas do que bonitas, rosnando e prometendo destruição. Essas representações apenas reforçam estereótipos negativos e perpetuam a incompreensão sobre essas entidades.
- É necessário colocar Exu e Pomba Gira na rua, mostrar quem eles são de verdade e o que realmente representam. Eles são guias espirituais que abrem caminhos, trazem saúde, amor próprio e verdadeiro. Eles não estão aqui para destruir pessoas, negócios ou vidas, mas sim para auxiliar aqueles que buscam ajuda e orientação.
- É fundamental trazer conhecimento sobre Exu e Pomba Gira, mostrar sua importância nas tradições espirituais, suas características e sua atuação positiva na vida das pessoas. Através da educação e da divulgação de informações precisas, podemos combater o preconceito e promover uma visão mais justa e inclusiva dessas entidades espirituais tão importantes para muitas pessoas.
Considerações finais?
R: Acredito que por esse motivo é importante trazer diante das oportunidades que se apresentam,
das portas que se abrem a verdadeira face de Exu e Pomba Gira na sociedade.
Confesso que não é uma missão fácil e nem simples, mas a partir do dia 04 de Maio - O Exu Senhor 7 da Lira
vai estrear na Rádio Paranormal.Plus às 00h00, um programa chamado "Hora Grande". Nesse programa ele vai responder perguntas enviadas por ouvintes, trará conselhos, orações e curas, então que a Lira volte a tocar
suas canções encantam pessoas ao redor do Brasil e do Mundo e em breve o Senhor 7 também estreará um programa na TV aberta.
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Youtube: https://www.youtube.com/@CiganaKelida
por João Costa
@joaocostaooficial