Não dá para escapar dela: na hora de montar uma rotina de skincare com a indicação de dermatologistas, a vitamina C é uma unanimidade. E não é à toa: o ativo é um coringa para combater os sinais de envelhecimento na pele e dos primeiros ingredientes adotados por quem deseja prevenir rugas, linhas de expressão, marcas escurecidas e perda de viço.
“Ela age como um antioxidante, ou seja, combate os radicais livres, que são moléculas capazes de gerar danos às células e estão envolvidas no processo de envelhecimento. Por isso, a vitamina C auxilia no combate à oxidação gerada pela radiação ultravioleta do sol, melhorando a firmeza, uniformizando o tom e iluminando a pele”, explica Andrea Bannach, gerente médica em dermatologia de Profuse, marca de dermocosméticos do Aché Laboratórios.
O ativo pode ser usado na rotina diurna ou noturna e é tolerado pela maioria das pessoas. Porém, é preciso tomar alguns cuidados. Se for utilizar durante o dia, é indispensável usar o protetor solar em seguida. Além disso, ele não pode ser combinado com ingredientes como retinol e AHAs (Alfa-hidroxiácidos), a exemplo dos ácidos glicólico, mandélico e lático, uma vez que aumentam as chances de sensibilização e irritação da pele.
“A procura por ativos que combatem o envelhecimento é mais comum a partir dos 30 anos, mas a vitamina C pode começar a ser usada antes disso, para prevenir os primeiros sinais. Ela pode ser usada por todos os tipos de pele desde que a formulação seja adequada às necessidades. Pessoas com a pele oleosa, por exemplo, devem optar por fórmulas mais leves, livres de óleo”, afirma a dermatologista.
A concentração do ativo também faz diferença nos resultados. “Estudos indicam que a concentração de 20% possui a melhor performance em termos de eficácia, tem boa tolerabilidade e garante bom perfil de segurança. Pessoas com a pele mais sensível, contudo, podem necessitar de concentrações mais baixas”, assinala.
Ao escolher selecionar qual produto incluir na rotina, também é importante prestar atenção aos demais ativos da fórmula, que podem potencializar os resultados ao aumentar a eficácia do produto como um todo. Ácido hialurônico, vitamina E e silício orgânico, por exemplo, são ótimas combinações.
Como armazenar a vitamina C?
Quem já teve alguma experiência com a vitamina C sabe que este é um ingrediente que oxida facilmente. “Em sua versão pura, ela é altamente instável e tende a oxidar com o tempo. Para reduzir a ocorrência, os laboratórios fazem alterações na molécula do ativo, chegando a versões estáveis, chamadas de vitamina C estabilizada, que oxidam com menos facilidade”, explica dra. Andrea.
Na internet, circulam dicas para guardar o produto na geladeira para evitar a oxidação. No entanto, a prática não é recomendada. O ideal é seguir as orientações fornecidas pelo fabricante na embalagem, que dirá ainda quais alterações na textura, na cor ou no cheiro são comuns, e não inviabilizam o uso. A orientação geral é sempre manter o frasco bem fechado, em ambiente fresco e longe da luz.