Na próxima segunda-feira, 22 de abril, o mundo todo comemora o Dia da Terra. A data foi criada em 1970 para buscar a conscientização sobre a defesa do meio ambiente e para alertar para três graves problemas que afetam o planeta: perda de biodiversidade, poluição geral e mudanças climáticas.
Santa Catarina, por exemplo, a cada ano que passa apresenta de forma mais intensa os reflexos do aquecimento global, que aliado ao fenômeno natural do El Niño, além de outros fatores como desmatamento e urbanização, podem agravar as mudanças climáticas e gerar grandes prejuízos ao Estado. Segundo a Defesa Civil, somente em 2022 foram 874 casos de desastres naturais no Estado, 13 mortes e R$ 3,5 bilhões em prejuízos.
Patrícia de Luca Lima Greff, consultora ambiental e diretora da Neo Carbon – referência nacional na operação do padrão brasileiro de mercado de carbono para projetos florestais e carbono azul, explica que a cooperação internacional é fundamental para desenvolver ações visando limitar o aquecimento global a 1,5ºC, considerado crucial pelos cientistas para evitar impactos severos das mudanças climáticas. No entanto, essa iniciativa por si só não é suficiente.
“O relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas mostra que cada fração de grau de aquecimento faz uma grande diferença. Por isso a importância da conscientização não só para reduzir e zerar emissões, mas também remover parte do carbono que já está na atmosfera”, afirma Patrícia.
A especialista em mudanças climáticas, projetos sustentáveis e mercado de carbono destaca que naturalmente, as plantas absorvem o carbono atmosférico, armazenando-o em suas estruturas físicas, raízes e no solo. Assim, tem carbono estocado na floresta nativa.
No Brasil, uma ação eficaz é intensificar os investimentos na preservação da floresta em pé, reduzindo o desmatamento e preservando a biodiversidade e os recursos hídricos. Para tanto, é necessário incentivar esta proteção através de investimentos na propriedade, a fim de formar uma nova atividade rural verde, e no monitoramento florestal.
Solução em Santa Catarina
O Instituto Neo Carbon, em Joinville, auxilia empresas em todo o Brasil a reduzirem suas emissões líquidas por meio de ações implementadas na indústria e/ou compensarem o carbono emitido por meio da aquisição de créditos de carbono, dos projetos certificados na sua plataforma.
Os emissores de carbono compram créditos pelas suas emissões inevitáveis e, desta forma, investem para proteger áreas que estariam ameaçadas sem esses recursos, direcionados para conservação ou restauração de áreas degradadas.
Conforme a especialista, as ações para reduzir os impactos do aquecimento global são:
• Reduzir as emissões de gases de efeito estufa (GEE): essa é a ação mais importante, pois visa reduzir a quantidade de carbono que é emitida para a atmosfera. As empresas podem adotar diversas medidas para reduzir suas emissões, como investir em eficiência energética, usar fontes de energia renováveis e reciclar e reduzir o consumo de recursos.
• Preservar a floresta nativa: as florestas são importantes sumidouros de carbono, pois armazenam carbono em suas árvores, raízes e solo. O desmatamento contribui para o aumento das emissões de GEE, por isso é importante preservar a floresta nativa.
• Incentivar a recuperação de áreas degradadas: as áreas degradadas, como pastagens abandonadas e áreas de mineração, também podem armazenar carbono. O incentivo à recuperação dessas áreas pode contribuir para a redução das emissões de GEE.
O Instituto Neo Carbon é uma organização que pode contribuir para a implementação dessas ações no Brasil. A Neo Carbon apoia projetos de conservação e recuperação de florestas que contribuem para a redução das emissões de GEE e para a preservação da biodiversidade. Ações como essas podem ajudar a reduzir os impactos do aquecimento global em Santa Catarina e em todo o mundo.