19/04/2024 às 11h32min - Atualizada em 22/04/2024 às 18h02min

Como a Inadimplência em Condomínios Afeta a Gestão e Soluções Práticas para 2024

Desafio Crescente: Inadimplência em Condomínios em 2024

Gustavo Ferreira
admdecondominios.com.br
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A inadimplência em condomínios no Brasil tem apresentado um quadro preocupante, com índices que alcançaram 24,04% ao final de 2023, segundo dados da uCondo. Este cenário reflete um aumento significativo em relação aos anos anteriores, que registraram taxas de 14% em 2020, 16% em 2021 e 20% em 2022. Este aumento é atribuído ao empobrecimento da população e à elevação das taxas de juros, que comprometeram a capacidade de pagamento das taxas de condomínios por muitas famílias.

Em entrevista, Gustavo Ferreira, CEO da Fesan, administradora de condomínios em São Paulo, destacou algumas estratégias para enfrentar esse problema. "É fundamental que as administradoras de condomínios adotem uma abordagem proativa na gestão de inadimplência, implementando sistemas eficazes de monitoramento e cobrança, além de oferecer opções de negociação flexíveis para os condôminos inadimplentes", afirma Ferreira. Ele sugere que medidas como descontos para pagamentos antecipados e acordos de parcelamento podem ser incentivadoras para a regularização das dívidas.

Além dessas estratégias, a adoção de tecnologias como softwares de gestão condominial, que permitem uma comunicação mais eficaz e transparente com os condôminos, têm se mostrado uma ferramenta valiosa. Plataformas como a uCondo facilitam o acompanhamento das finanças e a automação da emissão de boletos, o que pode reduzir significativamente os custos administrativos e melhorar a eficiência na cobrança das taxas.

De acordo com a Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN), a expectativa é de que as mudanças no cenário econômico e a facilitação do acesso ao crédito em 2024 possam ajudar na regularização das dívidas, o que poderia, consequentemente, impactar positivamente a inadimplência em condomínios.

No entanto, não apenas tecnologias e negociações flexíveis são necessárias. É essencial também uma gestão eficiente do fluxo de caixa do condomínio, que inclua um controle rigoroso das despesas e a previsão de receitas, adaptando o orçamento conforme as flutuações da inadimplência.

É também importante considerar a inclusão de seguros que cubram riscos de inadimplência, uma prática ainda não muito comum no Brasil, mas que pode oferecer uma camada extra de proteção para as finanças dos condomínios.

Enfrentar a inadimplência em condomínios requer uma abordagem multifacetada que combine rigor na gestão financeira, flexibilidade nas negociações de dívidas e o uso estratégico de tecnologias. Com esses esforços coordenados, é possível mitigar os impactos financeiros e promover uma convivência mais harmoniosa entre os condôminos.


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