A depressão é um sintoma muito frequente no transtorno bipolar e exige tratamento rápido por conta do risco de suicídio. No transtorno bipolar, há uma característica da doença que poucos conhecem e que merece bastante atenção, a depressão, mas não é a unipolar, que todos conhecem. O paciente sofre uma “descompensação” de duas variáveis, indo de um extremo ao outro num curto intervalo de tempo. Tem momentos que a pessoa está eufórica, com bom humor, toma decisões arriscadas, fala sobre diversos assuntos simultaneamente e tem mil projetos, mas depois de alguns dias, ela entra em um estado depressivo, fica irritado, afasta do convívio social e tem dificuldade para dormir. Precisa-se de no mínimo sete dias nesse estado para se ter o diagnóstico da depressão. A pessoa bipolar é um paciente cíclico e quando uma crise se instala, há alternância de humores, o que não ocorre com a depressão unipolar. É muito importante um diagnóstico precoce de bipolaridade por conta do risco de suicídio, principalmente na fase depressiva. Segundo especialistas a depressão bipolar se utilizam, os estabilizadores de humor, como lítio e lamotrigina, associados a algum antipsicótico, como quetiapina, lurasidona (que chegou recentemente ao Brasil) e olanzapina, por exemplo, quanto mais rápido o diagnóstico e tratamento acontecer é melhor para esse indivíduo. Infelizmente, muitos acabam passando um longo período apenas com diagnóstico de depressão, isso chega a ocorrer em cerca de 50% dos casos o que é preocupante, já que os medicamentos indicados para tratar a depressão bipolar são diferentes. Jamais seja negligente consigo mesmo, cuide-se...